segunda-feira, 10 de abril de 2017

Despedidas

Nunca gostei de despedidas, acho que ninguém gosta.
E despedida de família emigrada? [Ok, geneticamente falando, são família do H, mas sinto-os como minha família!]
Tenho confiança como se fossem meus tios e primos de sangue, parece que os conheço desde sempre - temos todos uma saudável 'pancada' natural, estamos sempre na palhaçada. Até o H fica mais falador e brincalhão.
Desta vez, os primos ficaram em nossa casa - a primeira vez que recebemos família cá em casa. A primeira vez em que a casa se sentiu cheia durante uns dias. A primeira vez em que me custou entrar em casa sozinha, depois da despedia.
Eu gosto de estar sozinha. Desabituei-me de estar com muita gente. Habituei-me [e gosto muito] de estar sozinha ou apenas com o H. Mesmo assim, pela primeira vez, custou-me entrar em casa com ela vazia.
Tínhamos 'visitas' que eram da casa, não havia vergonhas nem cerimónias. Tínhamos família cá em casa e sentíamos que estávamos todos à vontade.
Não precisei de andar preocupada porque sabia que pediam o que precisassem.
No meio do mau tínhamo-nos uns aos outros, andávamos todos mais distraídos.
Hoje, a rotina começou a voltar ao normal.
Já sabia [no fundo sabíamos todos] que a despedida ia custar ainda mais. Não me enganei. Custou pela situação, custou pelo vazio.
Saí para os levar e voltar sozinha foi uma diferença muito grande [o H já estava a trabalhar].
Não concordo com o não chorar - chorar alivia a alma!
Mas sim, vamos viver um dia de cada vez, e focar-nos no reencontro!
Vamos também ver o lado positivo destas despedidas: se custou despedir foi porque valeu a pena!

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